31 julho, 2013

A ARTE DA GUERRA - SUN TZU EM PDF

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Editora: Campus
Título: A Arte Da Guerra – Sun Tzu
Tamanho: 163.73 KB
Formato: pdf
Idioma: Português
Páginas: 100
Sinopse:
Nos fundamentos do antigo manual de estratégia conhecido como A Arte da Guerra está a compreensão de que o conflito é parte inexorável da vida humana. Já que, segundo os ensinamentos de Sun Tzu, a agressão e a reação do mesmo tipo só podem conduzir à destruição, deve-se aprender a trabalhar o conflito de forma mais profunda e verdadeira. Crucial para esta visão estratégica é o conhecimento ? sobretudo o conhecimento de si mesmo – e uma visão do todo, que dá ao conflito uma perspectiva mais ampla. O livro é, antes de ser uma manual de guerra, uma obra filosófica e esta é a razão de tanto sucesso. Sobre A Arte da Guerra foram feitas dezenas de adaptações, por diversos autores, tentando mostrar onde a obra pode ser aplicada. Além da obra intacta, entre as que podem ser encontradas no mercado facilmente estão: A Arte da Guerra – Aplicada a Arte de Viver, A Arte da Guerra Aplicada aos Negócios, A Arte da Guerra e do Gerenciamento, A Arte da Guerra para Mulheres e Homens de Negócios e Investimentos, A Arte da Guerra (adaptada por James Clavell). A obra do general Sun Tzu gera muitas reflexões, mas quem quiser lê-lo apenas como um bom passatempo, o Divirta-se recomenda a versão adaptada pelo escritor James Clavell, autor de Shogun e Casa Nobre. Um dos motivos é a dificuldade da tradução do chinês, que explica o fato de alguns trechos diferirem de livro para livro, mas a tradução de Clavell está muito bem feita. Outro ponto positivo é que esta versão tem um prefácio muito bem escrito e comentários feitos por outros generais chineses que sucederam Sun Tzu. "O objetivo da guerra é a paz" – Sun Tzu









PRÉVIA




A Arte da Guerra
Sun Tzu
Sobre a avaliação.
Sun Tzu disse: a guerra é de vital importância para o Estado; é o domínio
da vida ou da morte, o caminho para a sobrevivência ou a perda do
Império: é preciso manejá-la bem. Não refletir seriamente sobre tudo o
que lhe concerne é dar prova de uma culpável indiferença no diz respeito
à conservação ou à perda do que nos é mais querido; e isso não deve
ocorrer entre nós.
Há que valorá-la em termos de cinco fatores fundamentais, e fazer
comparações entre diversas condições dos contentores, com vistas a
determinar o resultado da guerra.
O primeiro desses fatores é a doutrina; o segundo, o tempo, o terceiro, o
terreno, o quarto, o mando e o quinto, a disciplina.
A doutrina significa aquilo que faz com que o povo esteja em harmonia
com seu governante, de modo que o siga onde esse for, sem temer por
suas vidas, nem de correr qualquer perigo.
O tempo significa o Ying e o Yang, a noite e o dia, o frio e o calor, dias
ensolarados ou chuvosos e a mudança das estações.
O terreno implica as distâncias, e faz referência onde é fácil ou difícil
deslocar-se, se é em campo aberto ou lugares estreitos, e isto influencia
as possibilidades de sobrevivência.
O mando há de ter como qualidades: sabedoria, sinceridade,
benevolência, coragem e disciplina. Por último, a disciplina há de ser compreendida como a organização do
exército, as graduações e classes entre os oficiais, a regulação das rotas
de mantimentos, e a provisão de material militar ao exército.
Estes cinco fatores fundamentais hão de ser conhecidos por cada
general. Aquele que os domina, vence; aquele que não, sai derrotado.
Portanto, ao traçar os planos, há de comparar os seguintes sete fatores,
valorando cada um com o maior cuidado:
• Qual dirigente é mais sábio e capaz?
• Que comandante possui o maior talento?
• Que exército obtém vantagens da natureza e terreno?
• Em que exército se observam melhor as regulações e as
instruções?
• Quais as tropas mais fortes?
• Que exército tem oficiais e tropas melhor treinadas?
• Que exército administra recompensas e castigos de forma mais
justa?
Mediante o estudo desses sete fatores, serás capaz de adivinhar qual
dos dois grupos sairá vitorioso e qual será derrotado.
O general que siga meu conselho, é certo que vencerá. Esse general há
de ser mantido na liderança. Aquele que ignorar meus conselhos,
certamente será derrotado. E deve ser destituído. Além de prestar
atenção a meus conselhos e planos, o general deve criar uma situação
que contribua com seu cumprimento. Por situação quero dizer que deve
levar em consideração a situação do campo, e atuar de acordo com o
que lhe for vantajoso.
A arte da guerra se baseia no engano. Portanto, quando és capaz de
atacar, deves aparentar incapacidade e, quando as tropas se movem,
aparentar inatividade. Se estás perto do inimigo, deves fazê- lo crer que
estás longe; se longe, aparentar que se está perto. Colocar iscas para
atrair ao inimigo.
Golpear o inimigo quando está desordenado. Preparar-se contra ele
quando está seguro em todas partes. Evitá-lo durante um tempo quando
é mais forte. Se teu oponente tem um temperamento colérico, tente irritá-
lo. Se é arrogante, trata de fomentar seu egoísmo. Se as tropas inimigas se acham bem preparadas após uma
reorganização, tenta desordená-las. Se estão unidas, semeia a
dissensão entre suas filas. Ataca o inimigo quando não está preparado, e
aparece quando não te espera. Estas são as chaves da vitória pela
estratégia.
Agora, se as estimações realizadas antes da batalha indicam vitória, é
porque os cálculos cuidadosamente realizados mostram que tuas
condições são mais favoráveis que as condições do inimigo; se indicam
derrota, é porque mostram que as condições favoráveis para a batalha
são menores. Com uma avaliação cuidadosa, podes vencer; sem ela,
não pode. Menos oportunidades de vitória terá aquele que não realiza
cálculos em absoluto.
Graças a este método, se pode examinar a situação, e o resultado
aparece claramente.
Sobre o princípio das ações.
Uma vez começada a batalha, ainda que estejas ganhando, se continuar
por muito tempo, desanimará a tuas tropas e embotará tua espada. Se
estás sitiando uma cidade, esgotarás tuas forças. se manténs teu
exército durante muito tempo em campanha, teus mantimentos se
esgotarão.
As armai são instrumentos de má sorte; empregá-las por muito tempo
produzirá calamidades. Como se tem dito: "Os que a ferro matam, a ferro
morrem." Quando tuas tropas estão desanimadas, tua espada embotada,
esgotadas estão tuas forças e teus mantimentos são escassos, até os
teus se aproveitarão de tua debilidade para sublevar- se. Então, ainda
que tenhas conselheiros sábios, ao final não poderás fazer que as coisas
saiam bem.
Por cauda disso, tem-se ouvido falar de operações militares que são
torpes e repentinas, porém nunca se viu nenhum especialista na arte da
guerra que mantivesse a campanha por muito tempo. Nunca é benéfico
para um país deixar que uma operação militar se prolongue por muito
tempo. Como se diz comumente, seja rápido como o trovão que retumba antes
de que tenhas podido tapar os ouvidos, veloz como o relâmpago que
brilha antes de haver podido piscar.
Portanto, os que não são totalmente conscientes da desvantagem de
servir-se das armais não podem ser totalmente conscientes das
vantagens de utilizá-las.
Os que utilizam os meios militares com perícia não ativam suas tropas
duas vezes, nem proporcionam alimentos em três ocasiões, com um
mesmo objetivo.
Isto quer dizer que não se deve mobilizar ao povo mais de uma vez por
campanha, e que imediatamente depois de alcançar a vitória não se
deve regressar ao próprio pais para fazer uma segunda mobilização. A
principio isto significa proporcionar alimentos (para as próprias tropas),
porém depois se tiram os alimentos ao inimigo.
Se ao invés de tomar os mantimentos e armas de teu próprio país,
retirares do teu inimigo, estarás bem abastecido de armas e provisões.
Quando um pais empobrece por causa das operações militares, isso se
deve ao transporte de provisões de um lugar distante. Se as transportas
desde um lugar distante, o povo empobrecerá.
Os que habitam próximo de onde está o exército podem vender suas
colheitas a preços elevados, porém se acaba deste modo o bem-estar da
maioria da população.
Quando se transportam as provisões muito longe, ocorre ruína por causa
do alto custo. Nos mercados próximos ao exército, os preços das
mercadorias aumentam. Portanto, as longas campanhas militares
constituem uma ferida para o país.
Quando se esgotam os recursos, os impostos se arrecadam sob
pressão. Quando o poder e os recursos se tenham esgotado, arruina- se
o próprio pais. O povo é privado de grande parte de seus produtos,
enquanto os gastos do governo para armamentos se elevam.
Os habitantes constituem base de um país, os alimentos são a felicidade
do povo. O príncipe deve respeitar este fato e ser sóbrio e austero em
seus gastos públicos. Em conseqüência, um general inteligente luta por desprover o inimigo de
seus alimentos. Cada porção de alimentos tomados ao inimigo equivale a
vinte que te forneces a ti mesmo.
Assim, pois, o que arrasa o inimigo é a imprudência e a motivação dos
teus em fazer desaparecer os benefícios dos adversários.
Quando recompensas teus homens com os benefícios que ostentavam
os adversários eles lutarão com iniciativa própria, e assim poderás tomar
o poder e a influência que tinha o inimigo. É por isto que se diz que onde
há grandes recompensas há homens valentes.
Por conseguinte, em batalha de carros, recompensa primeiro o que
tomar ao menos dez carros.
Se recompensas a todo mundo, não haverá suficiente para todos; assim,
pois, oferece uma recompensa a um soldado para animar a todos os
demais. Troca suas cores (dos soldados inimigos feitos prisioneiros),
utilize-os misturados aos teus. Trata bem os soldados e presta-lhes
atenção. Os soldados prisioneiros devem ser bem tratados, para
conseguir que no futuro lutem para ti. A isto se chama vencer o
adversário e incrementar por acréscimo em tuas próprias forças.
Se utilizas o inimigo para derrotar o inimigo, serás poderoso em qualquer
lugar aonde fores.
Assim, pois, o mais importante em uma operação militar é a vitória e não
a persistência. Esta última não é benéfica. Um exército é como o fogo: se
não o apagas, se consumirá por si mesmo.
Portanto, sabemos que o que está à cabeça do exército está a cargo das
vidas dos habitantes e da segurança da nação.
Sobre as proposições da vitória e a derrota.
Como regra geral, é melhor conservar a um inimigo intato que destrui-lo.
Captura seus soldados para conquistá-los e dominas seus chefes.
Um General dizia: "Pratica as artes marciais, calcula a força de teus
adversários, faz que percam seu ânimo e direção, de maneira que ainda
estando intato o exército inimigo, fique imprestável: isto é ganhar sem
violência. Se destruíres o exército inimigo e matares seus generais, assaltas suas defesas disparando, reúnes uma multidão e usurpas um
território, tudo isto é ganhar pela força."
Por isto, os que ganham todas as batalhas não são realmente
profissionais; os que conseguem que se rendam impotentes os exércitos
alheios sem lutar, são os melhores mestres do Arte da Guerra.
Os guerreiros superiores atacam enquanto os inimigos estão projetando
seus planos. Logo desfazem suas alianças.
Por isso, um grande imperador dizia: "O que luta pela vitória frente a
espadas nuas não é um bom general." A pior tática é atacar uma cidade.
Assediar, encurralar uma cidade só se leva a cabo como último recurso.
Emprega não menos de três meses em preparar teus artefatos e outros
três para coordenar os recursos para teu assedio. Nunca se deve atacar
por cólera e com pressa. é aconselhável tomar-se tempo na planificação
e coordenação do plano.
Portanto, um verdadeiro mestre das artes marciais vence outras forças
inimigas sem batalha, conquista outras cidades sem assediá-las e destroi
outros exércitos sem empregar muito tempo.
Um mestre experiente nas artes marciais desfaz os planos dos inimigos,
estropia suas relações e alianças, corta os mantimentos ou bloqueia seu
caminho, vencendo mediante estas táticas sem necessidade de lutar.
É imprescindível lutar contra todas as fações inimigas para obter uma
vitória completa, de maneira que seu exército não fique aquartelado e o
beneficio seja total. Esta é a lei do assédio estratégico.
A vitória completa se produz quando o exército não luta, a cidade não é
assediada, a destruição não se prolonga durante muito tempo, e em cada
caso o inimigo é vencido pelo emprego da estratégia.
Assim, pois, a regra da utilização da força é a seguinte: se tuas forças
são dez vezes superiores às do adversário, cerca-o; se são cinco vezes
superiores, ataque-o; se são duas vezes superiores, divide- o.
Se tuas forças são iguais em número, luta se te é possível. Se tuas
forças são inferiores, mantenha-te continuamente em guarda, pois a
menor falha te acarretaria as piores conseqüências. Trata de manter- te ao abrigo e evita o quanto possível um enfrentamento aberto com ele; a
prudência e a firmeza de um pequeno número de pessoas podem chegar
a cansar e a dominar inclusive numerosos exércitos.
Este conselho se aplica nos casos em que todos os fatores são
equivalentes. Se tuas forças estão em ordem enquanto que as do inimigo
estão imersas no caos, se tu e tuas forças estão com ânimo e eles
desmoralizados, então, mesmo que sejam mais numerosos, podes entrar
em batalha. Se teus soldados, tuas forças, tua estratégia e teu valor são
menores que as de teu adversário, então deves retirar-te e buscar uma
saída.
Em conseqüência, se o bando menor é obstinado, cai prisioneiro do
bando maior.
Isto quer dizer que se um pequeno exército não faz uma valoração
adequada de seu poder e se atreve a se tornar inimigo de uma grande
potência, por muito que sua defesa seja firme, inevitavelmente se
converterá em conquistado. "Se não podes ser forte, porém tampouco
sabes ser débil, serás derrotado." Os generais são servidores do Povo.
Quando seu serviço é completo, o Povo é forte. Quando seu serviço é
defeituoso, o Povo é débil.
Assim, pois, existem três maneiras pelas quais um Príncipe leva o
exército ao desastre. Quando um Príncipe, ignorando as ações, ordena
avançar a seus exércitos ou retirar-se quando não devem fazê-lo; a isto
se chama imobilizar o exército. Quando um Príncipe ignora os assuntos
militares, porém compartilha em pé de igualdade o mando do exército, os
soldados acabam confusos. Quando o Príncipe ignora como levar a cabo
as manobras militares, porém compartilha por igual sua direção, os
soldados estão vacilantes. Uma vez que os exércitos estão confusos e
vacilantes, iniciam os problemas procedentes dos adversários. A isto se
chama perder a vitória por transtornar o aspecto militar.
Se tentas utilizar os métodos de um governo civil para dirigir uma
operação militar, a operação será confusa.
Triunfam aqueles que:
• Sabem quando lutar e quando não.
• Sabem discernir quando utilizar muitas ou poucas tropas. • Possuem tropas cujas categorias superiores e inferiores tem o
mesmo objetivo.
• Enfrentam com preparativos os inimigos desprevenidos.
• Tem generais competentes e não limitados por seus governos
civis.
• Estas cinco são as maneiras de conhecer o futuro vencedor.
Falar que o Príncipe seja o que dá as ordens em tudo é como o General
solicitar permissão ao Príncipe para poder apagar um fogo: quando for
autorizado, já não restam senão cinzas.
Se conheces os demais e te conheces a ti mesmo, nem em cem batalhas
correrás perigo; se não conheces os demais, porém te conheces a ti
mesmo, perderás uma batalha e ganharás outra; se não conheces a os
demais nem te conheces a ti mesmo, correrás perigo em cada batalha.
Sobre a medida na disposição dos meios.
Antigamente, os guerreiros especialistas se faziam a si mesmos
invencíveis em primeiro lugar, e depois aguardavam para descobrir a
vulnerabilidade de seus adversários.
Fazer-te invencível significa conhecer-te a ti mesmo; aguardar para
descobrir a vulnerabilidade do adversário significa conhecer os demais.
A invencibilidade está em ti mesmo, a vulnerabilidade no adversário.
Por isto, os guerreiros especialistas podem ser invencíveis, porém não
podem fazer que seus adversários sejam vulneráveis.
Se os adversários não tem ordem de batalha sobre o que informar-se,
nem negligências ou falhas das quais aproveitar-se, como podes vencelos ainda que estejam bem providos? Por isto é pelo que se disse que a
vitória pode ser percebida, porém não fabricada.
A invencibilidade é uma questão de defesa, a vulnerabilidade, uma
questão de ataque.

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